O que se nota é um maior interesse em demissões humanizadas, ainda mais em um período traumático para todos, como a pandemia. Norberto Chadad, Presidente da Thomas Case & Associados, e Gustavo Vicenze, Gerente de Negócios Corporativos, comentam sobre o assunto na matéria para o Mundo RH. Confira!
No momento mais grave da pandemia, as empresas novamente ajustam seu quadro de funcionários, com demissões e contratações mais estratégicas. O atual cenário econômico conduz desligamentos e otimização de equipes para adequar ao mundo corporativo e a competitividade do negócio.
Na Thomas Case & Associados, por exemplo, a busca por serviços de outplacement representou 48% de procura dentre todos os que são oferecidos pela empresa.
“O que se nota é um maior interesse em demissões humanizadas, ainda mais em um período mais traumático para todos, como a pandemia. Fizemos em torno de 390 propostas de outplacement para empresas de todos os tamanhos e do Brasil inteiro”, ressalta Gustavo Vicenze, Gerente de Negócios Corporativos da Thomas Case & Associados.
O outplacement se tornou mais um aliado das corporações neste novo momento, onde o mercado de trabalho está mais instável. O outplacement auxilia nos relacionamentos mais saudáveis entre colaboradores demitidos, empresa e mercado de trabalho, além de ajudar no processo de busca por uma nova colocação rapidamente, que pode contar com treinamentos e aconselhamentos durante esse período. “Um profissional que é o subordinado hoje pode ser o chefe amanhã, por isso é importante manter bons vínculos com ex-colaboradores e conduzir a demissão da melhor forma possível, sendo ainda mais necessário em situações difíceis”, explica Vicenze.
Segundo Norberto Chadad, Presidente da Thomas Case, as demissões humanizadas se tornaram mais essenciais neste momento, tanto para acolher o profissional como para auxiliar as empresas na organização dos seus processos.
“É um caminho respeitoso entre a empresa e quem prestou serviço durante algum tempo. O outplacement da Thomas Case & Associados é personalizado, feito a quatro mãos e conduzido por consultores de carreira especializados, com o objetivo de minimizar impactos, ressentimentos e estresse dos desligados, além de reduzir os impactos de ações trabalhistas”, explica.
Por que investir em outplacement nas demissões da pandemia?
Mais do que demissão responsável, o outplacement adota princípios e procedimentos que auxiliam nos processos de tomada de decisão e condução das dispensas humanizadas, que também diminuem a fragilidade psicológica dos funcionários. É um método que proporciona apoio, reposicionamento construtivo, reforça a autoestima do colaborador, redireciona as carreiras e proporciona formas produtivas de prospecção de oportunidades.
Vicenze ainda reforça as impressões notadas pelas equipes de outplacement da Thomas Case & Associados nos últimos meses. Segundo ele, com altas taxas de demissões em setores importantes da economia, como montadoras, bancos e universidades, algumas reclamações são mais comuns em processos que não adotaram o outplacement como ferramenta de demissões:
“Além da demissão, o que estes profissionais sofreram em comum? Muitos dos demitidos lamentam a forma com que as dispensas foram conduzidas. “Decepção”, “indignação”, “grosseria”, “impessoalidade” e “falta de ética” são apenas alguns dos sentimentos negativos relatados com frequência”, revela.
Benefícios do outplacement além da demissão
O outplacement também é um aliado da reputação do empregador. Isso porque, o mercado de trabalho e o profissional moderno buscam empresas referência em humanização dos seus processos e marcas empregadoras preocupadas com o bem-estar dos colaboradores, têm maior destaque.
Entre alguns benefícios do outplacement estão itens como a proteção da reputação, a produtividade e o engajamento dos colaboradores que permanecem na empresa, a diminuição da sensação de insegurança e impactos negativos no clima organizacional, o menor índice de disputas judiciais, entre outros.
“Todas as ações preservam a boa relação entre o ex-colaborador e deixa as portas abertas para novas oportunidades que possam surgir. Evita desgastes entre empregador e trabalhador, o que é ainda mais válido neste momento em que todos os envolvidos estão impactados emocionalmente pela pandemia”, explica Chadad.
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